A castração de cães e gatos ainda levanta muitas dúvidas, e é cercada por crenças populares que não têm respaldo veterinário. Muita gente adia ou evita o procedimento com base em informações incompletas ou equivocadas, o que pode colocar a saúde dos pets em risco.
Neste artigo, vamos desmistificar 7 mitos comuns sobre a castração de cães e gatos para te ajudar a tomar uma decisão mais consciente e informada sobre o bem-estar do seu animal de estimação.

1. “É melhor deixar cruzar pelo menos uma vez antes de castrar”
Esse é um dos mitos mais comuns. A verdade é que não há nenhum benefício médico ou comportamental em permitir que o animal tenha uma cria antes da castração.
Pelo contrário: quanto mais cedo o pet for castrado (respeitando a avaliação individual do veterinário), maiores são os benefícios à saúde, como a redução de riscos de tumores mamários, infecções uterinas e doenças reprodutivas. Não existe nenhum indício científico que indica benefícios ou a necessidade de permitir o “cruzamento” do animal antes de realizar a castração.
2. “Castração muda a personalidade do animal”
Muitos tutores têm medo de que o pet perca a vitalidade ou fique triste após a castração. Mas o que pode mudar são comportamentos ligados aos hormônios sexuais, como marcação de território, fugas e agressividade.
O temperamento básico do animal, se é brincalhão, tranquilo, sociável, permanece o mesmo. Com o tempo, muitos ficam até mais equilibrados e menos estressados.
3. “O pet vai engordar depois da castração”
A castração de cães e gatos pode sim diminuir o metabolismo, mas isso não significa que o pet vai engordar automaticamente. A obesidade está mais relacionada a sedentarismo e alimentação inadequada do que ao procedimento em si. Com a orientação veterinária certa, é possível manter o peso ideal do seu pet com uma rotina saudável e alimentação balanceada.
4. “É um procedimento muito arriscado”
Todo procedimento cirúrgico envolve riscos, mas a castração é considerada uma cirurgia de baixa complexidade, feita com anestesia segura e técnicas modernas. O mais importante é escolher uma clínica de confiança, com profissionais qualificados e estrutura adequada.
O pós-operatório costuma ser simples e a recuperação, rápida — especialmente nos casos em que o tutor segue corretamente as orientações.

5. “Castração é contra a natureza”
Essa ideia parte de uma visão equivocada sobre o papel do tutor. Quando adotamos um animal, assumimos a responsabilidade por seu bem-estar.
A castração de cães e gatos é uma forma de cuidado, pois previne doenças, evita crias indesejadas e contribui para o controle populacional de animais abandonados. Em vez de “contra a natureza”, ela é uma aliada da saúde pública e da vida dos pets.
6. “Só fêmeas precisam ser castradas”
Muitos acreditam que só as fêmeas devem ser castradas por conta do cio ou das gestações, mas os machos também se beneficiam (e muito!) da castração. Além de evitar comportamentos como marcação excessiva, fugas e brigas, o procedimento ajuda a prevenir doenças como tumores testiculares e problemas de próstata. Castrar machos também é um ato de responsabilidade.
7. “É melhor esperar o pet envelhecer”
Esperar demais pode significar perder o momento ideal para o procedimento. A castração precoce (a partir dos 5 a 6 meses, dependendo do caso) é indicada porque os hormônios ainda não estão totalmente ativos, o que reduz as chances de desenvolvimento de doenças hormonais e comportamentos indesejados. O ideal é conversar com o veterinário para avaliar o melhor momento com base na idade, peso e saúde do seu pet.
A castração de cães e gatos é uma decisão que envolve responsabilidade, amor e cuidado com a saúde do seu pet. Desmistificar essas ideias ajuda a promover escolhas mais conscientes e seguras… tanto para os tutores quanto para os animais.
Se você ainda tem dúvidas sobre o procedimento ou quer saber se é o momento ideal para castrar seu pet, fale com a equipe do Emergencial Vet. Nossos veterinários estão prontos para te orientar com respeito, empatia e informação confiável.
